3.4 Graus de endogenia

Um conceito que poderia ser entendido como uma espécie de complemento da definição de exportação e importação de mestres (ou de doutores) é o de grau de endogenia, que é uma proporção de quantos mestres ou doutores que trabalhavam em uma determinada unidade da Federação se titularam naquela mesma unidade da Federação em relação aos que se titularam em qualquer outra unidade da Federação, em um ano de referência.

Apesar de manterem significativa heterogeneidade, os graus de endogenia de mestres e de doutores aumentaram na maioria das unidades da Federação entre os anos de 2009 e 2017. Este fato está certamente correlacionado à desconcentração da pós-graduação brasileira ocorrida naquele período. Unidades da Federação que antes titulavam poucos mestres e doutores passaram a titular números significativamente maiores destes profissionais, atendendo, assim maiores parcelas das demandas dos mercados de trabalho locais por mestres e doutores (gráfico 3.6).

Entre 2009 e 2017, o grau de endogenia de mestres aumentou em todas as unidades da Federação, exceto em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e no Distrito Federal. Aumentos dos graus de endogenia de mestres foram observados no Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Piauí, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Tocantins.

Entre 2009 e 2017, o grau de endogenia de doutores também aumentou na maioria das unidades da Federação, exceto em São Paulo. Aumentos mais expressivos puderam ser observados no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraná, Pará, Piauí, Espírito Santo, na Bahia, Paraíba, em Goiás, Mato Grosso do Sul e Sergipe.

Grau de endogenia por unidade da federação, 2009 e 2017 (%)
© 2019-2021 CGEE - Centro de Gestão e Estudos Estratégicos