No ano de 2017, o Brasil titulou apenas 30 mestres para cada grupo de 100 mil brasileiros e esse valor foi o menor entre os países para os quais foi possível fazer tal comparação. Nações com desenvolvimento relativo similar ao brasileiro, Turquia e México, apresentavam indicadores que eram mais de duas vezes superiores aos do Brasil naquele mesmo ano. Países como Espanha, Estados Unidos, Áustria e Suíça apresentavam proporções relativas de mestres titulados em 2017 que eram cerca de 10 vezes maiores que as do Brasil, enquanto tal comparação chegava a aproximadamente 15 vezes nos casos de França, Dinamarca e Polônia.

Quando se analisa o mesmo indicador para o caso dos doutores, percebe-se que a posição relativa do Brasil não é tão desvantajosa como no caso dos mestres, mas também não pode ser considerada confortável. Em 2017, titularam-se no Brasil 10 doutores por 100 mil habitantes, mais do que em países como México, Turquia e Chile, mas apenas um pouco menos da metade do que ocorreu nos Estados Unidos e cerca de 4 ou 5 vezes menos do que no Reino Unido, na Espanha e Suíça.

No início do período aqui analisado, a situação relativa do Brasil era muito mais desfavorável. Em 2005, o Brasil titulou apenas 17 mestres e 5 doutores por 100 mil habitantes, enquanto que os valores desse indicador chegaram respectivamente a 30 e 10 no ano de 2017. Houve assim um avanço deste indicador de 80% no caso dos mestres e de 115% no caso dos doutores. Tais crescimentos ficaram entre os mais elevados dos países aqui analisados e muito superiores à média do conjunto desses países. A melhoria da posição relativa do Brasil nesses indicadores exigirá muitos anos a mais de crescimento da pós-graduação brasileira a taxas superiores à média dos demais países.