5.3 Setores de emprego

Em 2017, 41,9% dos mestres acadêmicos estavam empregados na atividade Educação e 36,2% dos mestres profissionais estavam empregados na Administração pública.

Quando se analisa a distribuição proporcional do emprego dos mestres pelas diversas atividades econômicas, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0), percebe-se que o emprego dos mestres profissionais encontra-se menos concentrado que o dos acadêmicos na seção que mais emprega mestres, que é a seção Educação (gráfico 5.4). Dos mestres acadêmicos titulados entre 1996 e 2017, que estavam empregados em 2017, 41,9% trabalhavam na atividade Educação. Essa proporção reduzia-se para 35% no caso dos mestres profissionais. Em relação à seção Administração pública, defesa e seguridade social, a proporção do emprego dos mestres profissionais (36,2%) em 2017 era um pouco maior que a dos mestres acadêmicos (33,3%).

A proporção dos mestres profissionais empregados nas Indústrias de transformação (6,1%) é significativamente superior à dos mestres acadêmicos (3,9%).

As seções que aparecem no terceiro e quarto lugar entre as maiores empregadoras de mestres acadêmicos são a da Saúde humana e serviços sociais e a das Indústrias de transformação, as quais empregavam respectivamente 5% e 4% do total de mestres em 2017. Não havia, no ano de 2017, diferença importante entre as proporções de mestres acadêmicos e profissionais empregados na seção Saúde humana e serviços sociais.

Distribuição do emprego em 2017 dos mestres titulados entre 1996 e 2017, por seções selecionadas da CNAE (%)

Houve, no entanto, mudanças nessas distribuições e ou posições relativas entre os anos de 2009 e 2017 (gráfico 5.5). A diferença entre a proporção de mestres acadêmicos e a dos profissionais empregados na seção Educação era muito maior no início do período que no final. Em 2009, a diferença chegava a 14%, mas no final do período, ela havia caído para a metade (7%).

Em 2009, era mais elevada a proporção de mestres acadêmicos que trabalhavam na seção Administração pública, defesa e seguridade social, mas, a partir de 2015, os mestres profissionais passaram a registrar a maior proporção. Após as seções Educação e Administração pública, as seções da Indústria de transformação e de Saúde humana e serviços sociais são as que mais empregavam mestres em 2017 (gráfico 5.5). Desconsiderando-se os anos iniciais da série aqui analisada, a proporção de mestres acadêmicos empregados na seção Saúde tem sido similar à dos mestres profissionais. Em todo o período aqui analisado, a proporção dos mestres profissionais empregados na seção das Indústrias de transformação manteve-se superior à dos mestres acadêmicos, mas essa diferença diminuiu significativamente entre 2009 e 2017.

Proporção do emprego nas quatro atividades que mais empregam mestres acadêmicos e profissionais: Administração pública; Educação; Indústrias de transformação; Saúde humana e serviços sociais, 2009-2017 (%)
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