3.2 Desconcentração do emprego

A análise da distribuição da população de mestres e doutores titulados no Brasil a partir de 1996 por Região e por unidade da Federação nas quais estavam empregados mostra que também no emprego formal houve desconcentração entre os anos de 2009 e 2017.

Quase metade (49%) dos 184.960 mestres titulados no Brasil entre 1996 e 2009, que possuíam emprego formal no ano de 2009, trabalhavam na Região Sudeste (gráfico 3.3). No ano de 2017, tal proporção havia caído para cerca de 45%. A Região Sul perdeu cerca de 0,6 pontos percentuais de participação relativa no emprego de mestres entre 2009 e 2017. As demais Regiões ganharam participação relativa.

No caso dos doutores, quase todas as Regiões, com exceção do Sudeste, ganharam participação no emprego formal.

Entre 2009 e 2017, o Nordeste foi a Região que apresentou os ganhos mais expressivos de participação no emprego de mestres e de doutores. A participação dessa Região, tanto no total de mestres, quanto no de doutores empregados no país, aumentou cerca de 3,0 pontos percentuais.

Distribuição dos empregados formais por região (%)

No período 2009-2017, os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, além do Distrito Federal, perderam participação relativa no emprego formal de mestres. Com a exceção de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, todas as demais unidades da federação ganharam participação no emprego formal de doutores no mesmo período (gráfico 3.4).

Em 2009, o Estado de São Paulo era responsável pelo emprego formal de 24% dos mestres e 30% dos doutores titulados entre 1996 e 2009 no Brasil. Em 2017, esses percentuais haviam caído para 21% e 24%, respectivamente.

Distribuição dos empregados formais por unidade da federação, 2009 e 2017 (%)
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