2.2 Taxas de emprego formal

As taxas de emprego formal de mestres e de doutores são elevadas quando comparadas às taxas de emprego da população em geral.

As taxas de emprego formal de mestres e de doutores diminuíram entre 2009 e 2017 de 67% para 62% e de 75% para 72%, respectivamente. A importância de tais quedas deve, no entanto, ser relativizada quando se lembra que o mercado de trabalho brasileiro apresentou baixo dinamismo especialmente nos anos finais do período sob análise e que, apesar disso, houve uma acelerada expansão do emprego formal de mestres e de doutores. Entre 2009 e 2017, o crescimento no número de empregos formais de mestres e de doutores foi de respectivamente 92% e 125%, enquanto o crescimento do emprego formal total ocorrido no Brasil foi de apenas 12%.

As taxas de emprego formal dos doutores foram cerca de 10% superiores às dos mestres no período analisado. É possível que parte dessa diferença se deva ao fato de que uma proporção significativa dos mestres continue seus estudos em cursos de doutorado, adiando com isso a entrada no mercado de trabalho formal.

Dentre os anos do período 2009-2017, a taxa de emprego formal dos doutores foi maior em 2010 (76,7%), caindo nos anos seguintes até registrar 72,3% em 2017. A taxa de emprego dos mestres foi maior em 2011 (67,2%) e também caiu ao longo do período, marcando 62,2%, em 2017.

É importante lembrar que o complemento da taxa de emprego formal de mestres e de doutores não pode ser entendido como correspondente a uma espécie de taxa de desemprego. Isso se deve ao fato de que a população de mestres ou de doutores sem emprego formal também inclui titulados que, na data de referência, não poderiam ser classificados como desempregados. São os casos, por exemplo, daqueles que: estavam fazendo curso de doutorado (no caso dos mestres) ou pós-doutorado (no caso dos doutores), desenvolvendo projetos de pesquisa sem emprego formal; eram bolsistas, autônomos ou auto-empregados, empreendedores ou empresários; e, ainda, aqueles que estavam aposentados, vivendo no exterior ou que já haviam falecido.

Mestres e Doutores: Taxas de emprego formal, 2009–2017
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