Desde o ano de 1976, a CAPES realiza avaliações periódicas da qualidade dos programas de pós-graduação brasileiros. Tal avaliação é utilizada no credenciamento ou descredenciamento de programas, serve para orientar as escolhas dos estudantes por programas de mestrado e de doutorado e funciona como critério para a concessão de bolsas e o financiamento a projetos de P&D. As proporções de mestres e doutores titulados em com os conceitos 3, 4, 5, 6 e 7 no período 1998-2017 são apresentadas no gráfico 1.9.

A proporção de titulados nos programas de mestrado mais bem avaliados (conceito 7) cresceu de 2% no ano de 1998 para 6% do total em 2017. Apesar do crescimento, é importante assinalar que a proporção permaneceu muito reduzida, mas tal desempenho foi certamente afetado pelo parâmetro estabelecido de que o conceito 5 é a melhor avaliação que pode receber um programa de mestrado, que não esteja associado a um de doutorado na mesma área. A proporção de titulados no mestrado em programas conceito 6 caiu no período. Passou de 14% em 1998 para 10% em 2017. No caso do doutorado, houve uma significativa elevação da proporção de titulados em programas mais bem avaliados. Tal proporção era de 8% em 1998 e alcançou 16% em 2017. Houve, contudo, uma queda na proporção de titulados em programas conceito 6 de 25% para 21%.

A proporção de títulos de mestrado concedidos por programas conceito 6 e 7 era de 16% no ano de 1998 e continuou no mesmo valor em 2017. No caso dos doutores, tal proporção sofreu elevação não muito significativa ao passar de 33% em 1998 para 37% em 2017. Como a atribuição de conceitos é fortemente determinada por critérios relativos e não absolutos, a relativa estabilidade das proporções de títulos concedidos pelos programas classificados nos dois conceitos mais elevados deve ser tomada mais como indicador da manutenção do rigor da avaliação do que da ausência de melhoria na qualidade dos programas.