4.8 Diferença da remuneração das mulheres por região e UF

No Brasil como um todo, as remunerações das mulheres mestres e doutoras foram, em média, respectivamente, 27% e 14% menores que as dos homens. Tais diferenças foram mais acentuadas no Sudeste e menos marcadas no Norte.

Entre os mestres e os doutores, as mulheres receberam no ano de 2017 remunerações significativamente inferiores às dos homens no Brasil como um todo e em cada uma das Regiões brasileiras (gráfico 4.10). As diferenças de remuneração eram muito mais elevadas entre mestres do que entre doutores.

O Sudeste e São Paulo eram, em 2017, a região e a unidade da federação nas quais as mulheres mestres e doutoras recebiam as remunerações mais reduzidas em relação às de seus pares homens.

Em todo o País, por sua vez, as remunerações das mulheres mestres foram, em média, 27% menores que as dos homens, enquanto que as das mulheres doutoras foram 14% inferiores às dos doutores homens. Curiosamente, tais diferenças foram mais acentuadas na Região Sudeste e menos marcadas na Região Norte. Na Região Sudeste, as mulheres mestres recebiam, em média, 17% menos que os homens com a mesma titulação. No caso dos doutores, a diferença na mesma Região era de 29%.

Diferença percentual entre a remuneração mensal média de mulheres em relação à dos homens por região e no Brasil, 2017

As remunerações de homens e mulheres com títulos de mestrado e de doutorado apresentaram grandes variações entre as diferentes unidades da Federação brasileira no ano de 2017 (gráfico 4.11). As diferenças percentuais entre as remunerações de homens e mulheres com títulos de mestrado e de doutorado chegaram a variar 16 pontos percentuais entre as unidades da Federação que apresentaram as maiores e as menores diferenças.

O Estado de São Paulo é a unidade da Federação onde as mulheres, que possuem títulos de mestrado e de doutorado, são remuneradas pelas mais baixas proporções das remunerações dos homens que possuem as mesmas titulações. Entre os empregados em São Paulo, mestres mulheres recebem, em média, 31% menos que os homens. Tal diferença entre os doutores é menor, mas chega a 20%. A menor diferença na remuneração das mulheres mestres ocorre no Estado de Alagoas, onde a disparidade é de apenas 15,5%. Entre doutores a diferença é menor no Estado do Pará e seu valor é de apenas 4%.

São Paulo é a unidade da federação na qual as mulheres recebem remunerações proporcionalmente mais baixas que as dos homens mestres e doutores.

Diferença entre a remuneração mensal média de mulheres em relação à dos homens por Unidade da Federação e no Brasil, 2017 (%)
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