3.3 Exportadores e importadores

O mercado de trabalho formal de algumas unidades da federação absorvem (importam) mais mestres ou doutores do que titulam. Nessa análise da importação ou exportação de mestres e doutores são considerados apenas os mestres e os doutores que titularam no Brasil a partir do ano de 1996 (ano inicial da base de dados utilizada neste estudo) que possuíam emprego formal no ano de referência.

Para a construção do gráfico 3.5, foram considerados todos os 355.085 indivíduos que obtiveram títulos de mestrado no país entre 1996 e 2017 que estavam empregados no ano de 2017. Nesse contexto, 19 unidades da federação eram importadoras líquidas de mestres em 2017 e 8 eram exportadoras.

O Distrito Federal era a unidade da federação que mais havia importado mestres (9.224) e São Paulo a que mais havia exportado (10.601). As unidades que mais exportaram mestres depois de São Paulo foram os estados do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, estados com mais longa tradição na pós-graduação. Três estados da região Nordeste com menor tradição também emergiram como exportadores: Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. 

As análises apontaram que 166.129 indivíduos, que obtiveram seus títulos de doutorado no Brasil entre 1996 e 2017, possuíam emprego formal no país no ano de 2017. Nesse ano de 2017, apenas 4 unidades da federação eram exportadores líquidos de doutores: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Todas as demais unidades da federação eram constituídas por importadores líquidos de doutores.

O estado de São Paulo tinha sido responsável pela exportação líquida de 30.219 doutores no ano de 2017, o que corresponde a 18% dos titulados no país entre 1996 e 2017 empregados em 2017. O estado que mais importou doutores foi o estado do Paraná, com 5.087 indivíduos.

Importação líquida de titulados de 1996 a 2017 por unidade da federação, com emprego em 2017 (Em número de indivíduos)
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